O zagueiro Renê Santos, do Bahia, poderá retornar das ferias e treinar separadamente do grupo que vai disputar o Campeonato Baiano e a Copa do Brasil. Ainda sem renovar contrato, o atleta não vai disputar a Taça São Paulo de Juniores e seu futuro no clube está indefinido. Pior é que a direção do Bahia já havia fechado com os empresarios de Renê as bases para a renovação do contrato, mas seus representantes recuaram quando o Bahia subiu para a primeira divisão e não permitiram a assinatura do novo vínculo com o Bahia.

 

“O Bahia subiu para a série A, portanto agora o acerto tem que ser outro. Renê é jogador de série A”, disse Tiu, um dos representantes do jogador, alertando para o fato de o contrato com o tricolor se encerrar em maio de 2011: “Se o Bahia não renovar, o atleta segue seu camino e o clube segue o dele”, ameaçou.

 

O fato evidencia que o Bahia vai enfrentar problemas idênticos com outros atletas do seu elenco, principalmente com aqueles que tenham contrato por vencer no próximo ano, quando empresarios vão colocar a “faca no pescoço” dos dirigentes, que deverão pagar um preço altíssimo pelo retorno à série A.

 

A situação concreta de Renê nesse episódio pode ser comparado a de uma loja, que estampa na vitrine o preço de um aparelho de TV, mas desiste de vender pelo mesmo preço e aumenta o valor alegando que a empresa cresceu e vai lucrar muito mais a partir de agora.

 

É bem provável que Renê não renove o contrato com o Bahia nos próximos dias, mas a direção do Bahia promete romper com os empresarios do atleta caso haja algum tipo de prejuízo para o clube.