As denúncias de irregularidades envolvendo autoridades da Federação Internacional de Futebol (FIFA em francês) divulgadas pela BBC serão investigadas, segundo promete o Comitê Olímpico Internacional (COI).

As denúncias formuladas pela rede de TV  BBC dão conta de corrupção envolvendo o vice-presidente da Fifa, Issa Hayatou, também membro do COI,  e outras duas autoridades da Fifa (que têm voto nas decisões de sede de Copas do Mundo). Eles são suspeitos de terem recebido subornos nos anos 1990 de uma empresa de marketing esportivo que obteve direitos de comercialização da Copa do Mundo bastantes lucrativos.

De acordo com a BBC, o brasileiro Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), seria um dos acusados. A Fifa negou as acusações, mas o COI prometeu  entregar o caso a sua comissão de ética. O nome de Teixeira já está envolvido em outras supostas irregularidades.

A suspeita é que a sociedade entre o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 e empresa de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, teria pelo menos uma irregularidade: a distribuição de lucros a critérios dos sócios da entidade, que é presidida por Ricardo Teixeira, que ocupa o mesmo cargo na CBF, e que poderia receber uma transferência indireta.

O Ministério Público Federal (MPF) irá analisar e decidir na próxima semana se fará investigação detalhada sobre o caso. O procurador do MPF no Rio de Janeiro, Vinícius Panetto, pretende se reunir com outros 11 procuradores federais (que representam as cidades-sede da Copa) para discutir a atuação do COL.

Entre os assuntos abordados estará a questão da isenção fiscal ao COL e à Fifa para realização do Mundial. O procurador explicou que quem consegue a isenção deixa de pagar impostos. Logo, está configurada a relação do benefício com recursos públicos.