Desde que a lista da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a CBF e Ricardo Teixeira começou a correr na Câmara, o deputado Henrique Oliveira (PR-AM) foi o primeiro a pedir oficialmente a retirada de sua assinatura. E a justificativa dada à equipe de reportagem do “LANCENET!” foi de que houve pressão de lideranças do estado sobre o posicionamento.

– Assinei rapidamente sem ver de perto as consequências. Manaus é subsede da Copa de 2014. Não sou contra a CPI, mas, refletindo melhor, acho que há outros instrumentos neste momento que podem dar cabo às dúvidas do Garotinho, como requerimentos de informações dentro de Comissões da Casa. Às vésperas de um evento como uma Copa do Mundo, é temerário que se abra essa caixa preta, se é que ela existe. Investimentos no meu estado poderiam ser bloqueados – justificou.

Henrique Oliveira garantiu que, após a realização do Mundial, a ideia de se instalar uma CPI será melhor aceita por todos os deputados, que atualmente se manifestam contra a abertura.

Contudo, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), já prepara o Plano B para o caso de Teixeira escapar da CPI na Câmara.

– A estratégia de evitar a CPI pode ser um tiro pela culatra. Porque, se por ventura a Câmara abrir mão de sua prerrogativa, irei à Justiça pedir para que, enquanto a ação principal não for julgada, que o Ricardo Teixeira seja afastado liminarmente do comando da CBF. Uma ação proposta por mais de cem deputados na Justiça, poderá acarretar nisso.