O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, afirmou nesta quarta-feira (8) que o time não irá deixar o Rio Grande do Sul neste momento. 

O estado atravessa uma situação complicada pelo acúmulo de chuva nos últimos dias, que ocasionou transtornos para grande parte da população.

Em entrevista ao Seleção Sportv, Barcellos afirmou que o Inter está preocupado em ajudar a população gaúcha. Ele agradeceu a oferta de Athletico, Palmeiras, Flamengo e São Paulo, além dos outros times que ofereceram suas estruturas para treinos e jogos, mas destacou que o Colorado não irá "abandonar" os gaúchos.

"Queria deixar uma mensagem muito importante. Em torno dessa informação, de que os clubes estão dispondo as suas estruturas, a gente agradece. Mas a gente quer deixar muito claro isso. Nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo. Isso é fundamental nesse momento. Fica essa mensagem de agradecimento a todos, mas um pedido de compreensão para que a gente possa achar uma solução que pense nas milhões de pessoas que foram atingidas por essa tragédia", disse.

"Desculpa a veemência, mas um pouco do sentimento de quem está dentro da água ajudando as pessoas, não falo de mim, mas da população que trabalha 24 horas de forma solidária, de quem trabalha no futebol, dos mais humildes até o mais alto, que também foi acometido desta tragédia. Estamos bastante abalados e não vamos, de maneira nenhuma, colocar o futebol na frente da vida", continuou o mandatário. 

O Inter tinha um jogo marcado contra o Juventude para a próxima sexta-feira, mas foi adiado pela CBF. Clubes gaúchos pediram à entidade para paralisar as competições, por isso, o mandatário não ficou contente com o adiamento de apenas 20 dias. 

"Foi uma medida emergencial e que eu vejo insuficiente para o tamanho da tragédia que estamos vivendo. Sei que é difícil para quem não está aqui ter essa dimensão. Às vezes, as pessoas podem pensar que foi uma região específica da cidade. Não. Foi o estado inteiro, cidades devastadas, Porto Alegre numa situação em que quase nenhum bairro não foi afetado, 85% da cidade sem água. Insuficiente esse tempo para pensar em futebol, inclusive. Uma medida inicial que tira parte do problema urgente, mas não resolve", disse Barcellos.