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Saiba quem é o empresário André Cury, um dos responsáveis pela carreira do atacante David

por Ruan Dias (Twitter: @RuanDiias2) em 24 de Janeiro de 2022 10:45

Velho conhecido do mundo da bola, o empresário André Cury voltou a ser notícia na imprensa baiana na última semana. Isso porque, o agente, que é um dos responsáveis pela carreira do atacante David, se envolveu em mais uma polêmica.

Na última quinta, o empresário do atleta entrou em contato com o programa Itapoan Esportes, na Rádio Itapoan FM, e deu detalhes da situação do garoto dentro do clube. Segundo ele, David tem direito a receber 10% por um erro contratual e afirmou que se o clube não realizar o pagamento, o atleta não vai mais treinar e irá colocar o Vitória na justiça pedindo rescisão contratual (relembre aqui). 

Em seguida, foi a vez do presidente Fábio Mota ser ouvido para dar sua versão dos fatos. De acordo com o presidente interino, o valor apontado pelo empresário de David não está previsto em contrato e que ele não pode dar 10% de algo que não está escrito em lugar nenhum. Por fim, Mota acrescentou que o Rubro-Negro é dono de 83% dos direitos de David.  

No entanto, ao canal do Dinâmico, o ex-empresário do atacante, Luciano Cortizo, e o presidente do Conselho Deliberativo do Jacuipense, Felipe Sales, negaram a versão dada por Cury [sobre os 10%] e foram enfáticos ao afirmar que nem eles e nem o Jacuipense tinham direitos econômicos sobre o David (relembre aqui). 

Afinal, quem é André Cury?

Cury é um dos nomes mais poderosos do futebol brasileiro. Responsável pela venda de Neymar ao Barcelona, o agente trabalha, atualmente, com nomes importantes do cenário nacional, como Dudu, Guilherme Arana, Eduardo Vargas, Lizieiro, o atacante David, que foi revelado nas categorias de base do Vitória e recentemente se transferiu para o Internacional; entre outros.

No Brasil, tem atuação ampla, tendo participado de negócios como as transferências de Arrascaeta para o Flamengo e de Pratto para o São Paulo, entre muitos outros.

Recentemente, ganhou uma ação judicial contra o Atlético-MG e foi responsável pelo bloqueio de parte do prêmio de R$ 33 milhões conquistado pelo Atlético após o título do Brasileirão 2021.

O juiz Carlos Goldman, da 39ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, determinou que a CBF seja intimada a recolher a quantia em conta judicial. O motivo é uma dívida com André Cury pela contratação do atacante Franco Di Santo, em 2019. O valor desta dívida está na casa do R$ 1,4 milhão. 

O clube possui dívidas com o agente que já ultrapassam a casa dos R$ 52 milhões e as duas partes negociam condições para o pagamento do débito. Resultado disso são 14 ações movidas pelo agente contra o time mineiro. 

Cury também acionou judicialmente o Internacional, com cobranças de R$ 30 milhões não pagos em intermediações. Esse débito não está registrado no passivo com empresários do colorado, que contabiliza R$ 17,7 milhões em pendências.

Existe, ainda, dívidas do Cruzeiro e do Palmeiras com o empresário, segundo apurações do jornalista Rodrigo Mattos, do portal Uol Esportes. No caso do time paulista, o débito em torno de R$ 15 milhões está parcelado e sendo quitado. Já a dívida com o Cruzeiro - R$ 10 milhões - está em aberto.

O São Paulo, por sua vez, também acumula uma dívida gigantesca com o superagente. André Cury emprestou dinheiro ao clube que lhe deve R$ 16,5 milhões, além de outros R$ 6 milhões por negociações de jogadores. Entre elas, estão as vendas de Pratto e Ganso, operações antigas.

Relação arranhada com a atual diretoria do Bahia

No mês passado, durante uma live para o canal do jornalista Jorge Nícola, no Youtube (relembre aqui), o agente que é famoso pelas polêmicas e pelo fácil acesso entre os clubes, revelou que os negócios com o Bahia estão praticamente parados e acusou a atual diretoria de não honrar com a palavra. 

"Não estamos fazendo praticamente nada, pois as últimas negociações que tentamos fazer o presidente e o pessoal não honrou com a palavra. O jogador que desencadeou esse afastamento foi o David, que hoje está no Fortaleza. Fechamos negócio com o Bahia, ficamos em Salvador por 15 dias e no final não fecharam a operação", disse.

A reputação de "problemático" é antiga 

Em 2004, o então presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, proibiu a entrada do empresário no Fazendão. Segundo o cartola, o agente era inconveniente e "ficava enchendo o saco" todos os dias. No Vitória a história foi parecida: ele foi expulso, no ano anterior, por Paulo Carneiro.


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